quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Marighella - O homem, a história, o filme

 

Há 51 anos, Carlos Marighella era covardemente assassinado em uma emboscada que contou com a participação de membros do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e do famigerado delegado Sérgio Paranhos Fleury, famoso assassino e torturador que lamentavelmente morreu antes de pagar pelos seus crimes.

Há cerca de um ano, esperamos pela estreia do filme “Marighella”, dirigido por Wagner Moura. Em entrevista ao jornalista Leonardo Sakamoto, Moura declarou que os entraves burocráticos junto às verbas da Ancine constituem sim uma forma de censura.

A Paris Filmes finalmente divulgou o trailer oficial, disponível na internet e uma nova data de estreia, para 14 de abril de 2021.

Realmente, não estamos falando de qualquer um. Estamos falando de Carlos Marighella, o “inimigo número um da ditadura militar”. Do leitor, do estudioso, do poeta, do estudante de engenharia civil, do neto de escravos, do filho de negra nascida livre e do imigrante italiano, do pai, companheiro, militante e sonhador.

Sua marca na História do Brasil ainda hoje é tão forte que a sua cinebiografia segue censurada. Seu nome não é esquecido nem pelos seus algozes, nem pelos filhotes saudosos dos porões da ditadura, onde trabalhadores e trabalhadoras eram torturados e assassinados por covardes sanguinários.

O nome de Carlos Marighella ainda estremece aqueles que carregam a sanha da violência inominável, da democracia despedaçada, da liberdade negada.

Carlos Marighella, presente!!

#Marighellapresente

#DitaduraNuncaMais

 

Alessandra Fahl Cordeiro Gurgel – Historiadora, Escritora, Professora de História na Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo, militante da Apeoesp Subsede Franco da Rocha, do PSOL e da Enfrente!.




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